O comportamento humano é a base de tudo numa organização. Entendemos que o fator humano é o principal agente ameaçador da integridade corporativa. É necessário que entendamos, identifiquemos e interpretemos alguns fatores que influenciam no comportamento, a fim de que possamos solucionar problemas relacionados aos riscos à reputação, integridade e financeiro das organizações.

 

Observamos, ao longo de nossa experiência, o quanto as normas são difíceis de serem aplicadas em determinados contextos onde a cultura organizacional não dialoga com os preceitos dessas normas. Vimos nisso uma necessidade urgente de as empresas pararem de investir tão pesado em programas e consultorias caras que não geravam resultados no médio e longo prazos, e essas empresas e organizações públicas voltavam a contratar as mesmas empresas com problemas que não eram resolvidos nunca. Observamos inúmeros treinamentos serem aplicados em organizações que não sabiam o que fazer com sua reputação, treinamentos na grande maioria das vezes passivo, sem estrutura lógica, que deixavam os funcionários estressados e cada vez mais confusos.

Até que percebemos que o foco deveria estar nas pessoas, e não apenas nos processos ou nas normas e aí desenvolvemos uma metodologia que enxerga o ser humano como o protagonista de tudo o que diz respeito a integridade, conformidade, ética e reputação no ambiente de trabalho, sabendo que essa mesma pessoa está inserida num ecossistema maior, que também deve ser avaliado e estudado (como os processos e as normas).

O comportamento varia de acordo com os grupos, os papéis que cada um exerce dentro do grupo e também de acordo com as convicções pessoais de cada indivíduo. Isso significa que a todo momento as pessoas mudam seus comportamentos, de acordo com o que elas precisam, de acordo com o tempo e local em que estão.

É a partir da ciência do comportamento que conseguimos entender as pessoas dentro e fora do seu ambiente de trabalho e, entendendo isso, sabemos quanto vai custar para as empresas, em termos de investimentos, perdas e ganhos.

Por isso é que trazemos aqui um pouquinho desse universo, para que você comece a repensar seus resultados, seus processos e a sua gestão com o olhar para as pessoas e os comportamentos que podem ser esperados delas. Vamos pensar que, em plena era digital, com toda a inovação tecnológica que temos, descartar as pessoas e as ciências aplicadas a elas é um tremendo atraso em termos de empreendedorismo. Inovar também é colocar a gestão de pessoas na sua lente principal.